Ciclo do Carbono
Versão simplificada
O diagrama abaixo ilustra as principais transições do Carbono promovidas na Biosfera.
Legenda:
- A – autotrofos clássicos (ciclo de Calvin, ciclo do ácido cítrico redutor, via do
hidroxiproprionato, ou acetogénese), incluindo metanogénios (via do acetil-CoA)
- R – respirações (aeróbias ou anaeróbias)
- F – fermentações
- M – metanogénios (Me-H4MPT: metil-tetrahidro-metanopterina)
- m – metilotrofos (MMO: metano monoxigenase)
Merece destaque o papel dos compostos com 1 átomo de Carbono:
- Desassimilatórios (setas largas): CO2, produto final do metabolismo oxidativo, tende a
ser perdido para a atmosfera mas é desviado ou recuperado pelos autotrofos "clássicos"; CH4,
produto final do metabolismo redutor, insolúvel na água (precipita; uma parte muito significativa de todo
o Carbono encontra-se nos fundos marinhos) mas é recuperado pelos metilotrofos e metanogénese inversa.
Ambos são importantes promotores do efeito de estufa.
- Intermediários (C1): produtos de fermentações (ácido fórmico) ou da metano monoxigenase (metanol).
Este esquema põe em evidência o carácter autotrófico "alternativo" dos metilotrofos. A sua fonte
de Carbono é um produto desassimilado (CH4), que através da metano monoxigenase (utilizando
O2) se converte em metanol, e depois em formaldeído para servir de substrato de fixação
de Carbono na biomassa (vias da serina ou da ribulose 5-monofosfato), em alternativa ao CO2
"clássico".
Também é patente a sua importância em mobilizar os stocks de metano, em zonas de interface entre
ambientes aeróbios e anaeróbios (o troço reversível da metanogénese, chamado de "metanogénese inversa",
tem papel análogo em ambientes estritamente anaeróbios).
O formaldeído pode ser oxidado em ácido fórmico, e este em CO2, sendo um processo fermentativo
por ter como aceitador de electrões NAD(P)+.